O Testemuho do Pe. Eugênio Maria La Barbera

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O Testemuho do Pe. Eugênio Maria La Barbera

O Testemuho do Pe. Eugênio Maria La Barbera

 

 

Sou o Padre Eugenio Maria Pirovano La Barbera, fundador da Fraternidade Monástica dos Discípulos de Jesus para a Glória de Deus Pai. Esta Fraternidade nasceu em Medjugorje, uma pequena aldeia da Bósnia-Herzegovina, antiga Iugoslávia, por um chamado direto de Nossa Senhora Rainha da Paz feito a mim através da vidente Vicka. Para entendermos melhor a história da Fundação da nossa Fraternidade, vou contar um pouco sobre a minha vida, a fim de podermos contemplar os planos de Deus que, desde toda a eternidade, pensou e quis esta obra, gerada no seio de Maria.

Sou um sacerdote italiano, agora naturalizado brasileiro, e pertencia a um Instituto Missionário, o PIME.

Iniciei minha caminhada no Brasil em 1979, na cidade de São Paulo, na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, enquanto aguardava que fossem resolvidos os trâmites burocráticos para obter meu visto permanente. Foi nesta paróquia que conheci a Renovação Carismática Católica, num encontro em Itaici pregado pelo Padre Emiliano Tardiff, ocasião na qual recebi a nova “efusão do Espírito Santo”. Na volta deste retiro, uma estranha oração brotou do meu coração: “Senhor, que eu não morra como um padre burguês nesta paróquia do Brooklin, sem nenhuma experiência missionária”.

Alguns dias depois, enquanto estava rezando, escutei dentro de mim uma voz que falava: “Vem e segue-me”. Fiquei com medo de que Jesus estivesse passando por mim em vão. Consegui então partir para o Mato Grosso, para onde, naquela época, só iam voluntários.

Lá chegando, trabalhei com outros padres do PIME, ajudando-os a fundar uma nova Diocese, a Diocese de Jardim.

Neste tempo, vivi na cidade de Nioaque, catequizando os índios Terenas que ali moravam. Entretanto, em obediência a uma ordem do meu superior, fui trabalhar como diretor espiritual no Seminário do PIME em Londrina, e depois em Palhoça, no estado de Santa Catarina. Voltei, enfim, para a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, onde tive a oportunidade de trabalhar na conhecida favela do Buraco Quente.

Em 1987 eu me encontrava em Roma, em meio a uma grande crise interior. Meus superiores tinham-me enviado para estudar na Universidade Gregoriana porque eu havia sido caluniado por um co-irmão. Naquela época, fundei um grupo da Renovação Carismática, que ainda existe e o qual visito toda vez que vou à Itália.  No mês de outubro me telefonaram, dizendo que meu pai estava com câncer nos ossos. Deixei os meus estudos e fui para Milão cuidar do meu pai e, pouco antes dele morrer, meu irmão foi preso. Eu estava desesperado e tinha decidido deixar o sacerdócio. Não deixá-lo para me casar, absolutamente. Deixar e ficar tranqüilo. Fui para casa.

Foi então que, em maio de 1988, um caríssimo amigo meu que é sacerdote, Don Boggiano Pico, me convidou para ir a Medjugorje. Naquela época, eu não acreditava em Medjugorje e não queria ir, mas, no final, devido à insistência dele e de outros dois amigos meus, acabei concordando.

Em Medjugorje, anos atrás, não havia nada. Não tinha nem hotel, nem pousada. As pessoas ficavam hospedadas nas casas dos camponeses. Eu me lembro que, quando nós chegamos, se dizia que naquele dia Nossa Senhora iria aparecer. E logo depois Ivan, um dos videntes, veio-nos dizer que estas aparições eram só para o grupo de oração. Eu me lembro que estava tristonho, mas então comecei até a me alegrar, brincando um pouco, dizendo aos meus companheiros: “Viram? Nossa Senhora não quer nem a vocês!”. E fomos para a casa dos camponeses.

Um dos meus amigos queria rezar a via-sacra. E queria rezá-la lá na Montanha da Cruz. Eu, naturalmente, comecei a dizer: “Olha, você não quer rezar a via-sacra coisa nenhuma. Você quer ir lá porque é curioso e porque quer ver Nossa Senhora. Então, se você acredita, fique quieto e fique aqui”.

Eu me lembro que este meu amigo ficou triste, meio aborrecido, e começou a brigar um pouco comigo. Eu tive a má sorte de dizer: “Puxa vida! Nós chegamos aqui em Medjugorje e já começamos a brigar. Pois Nossa Senhora, que dá sinal a todo mundo, dará um sinal a Pe. Eugênio, que não acredita em nada”.

A coisa foi andando, quando outro meu amigo disse (estávamos jantando, estava garoando lá fora e a porta estava aberta e dava para a Montanha da Cruz): “Olha, Pe. Eugênio, tem uma estrela sobre a cruz. É o sinal de que Nossa Senhora nos quer lá para rezar a via-sacra”. Eu sempre fui um pouco cético quanto a essas coisas e comecei a brigar também com ele. Comecei a dizer: “Puxa vida! Você estudou tanto na Universidade. As universidades italianas devem ter baixado bastante de nível. Agora, uma estrela é um sinal de Nossa Senhora! Pelo amor de Deus!”. E me lembro que ele também brigou. Eu disse: “Olha, gente, estamos aqui, onde dizem que aparece a Rainha da Paz, e já brigamos. Vamos fazer esta via-sacra”.

Lembro-me que estava garoando. Peguei a minha japona e fomos lá para a Montanha. Então eu disse: “Vocês fiquem de joelhos que eu vou pregar”. Comecei a fazer pregações bem longas, e eles lá, de joelhos. A um certo momento, na terceira estação, primeira queda de Jesus, eu percebi (é uma coisa que não se sabe como), eu percebi que a minha japona estava enxuta. E não podia estar enxuta, se estava chovendo! Devia estar molhada! Então eu toquei a montanha, e minha mão ficou molhada, porque, lógico, se estava chovendo… Eu toquei a minha japona, estava enxuta. Isto não combinava com as minhas “teses filosóficas”… Então, comecei a tocar também nos meus amigos, dizendo: “Olha, vamos para a outra estação”. E, quando os toquei, percebi que estavam molhados, porque estava chovendo. Mas eu me tocava novamente e estava seco! E aí comecei a ficar com medo, porque eu acredito que, quando as pessoas não sabem alguma coisa, elas começam a sentir medo. Então, fiz bem rápido aquela via-sacra, bem rápido. Chegamos lá em cima e aconteceu uma coisa estranha: daquela única estrela, se formaram várias estrelas ao redor da cruz, e aí parou de chover.

Então eu disse aos meus amigos: “Olha, vamos ficar aqui rezando, cada um por sua conta”. E me lembro que naquela noite eu não rezei. Eu desabafei toda a amargura que tinha no meu coração. Comecei a dizer a Nossa Senhora: “Olha, eu não sei se a Senhora aparece aqui ou não. Mas uma coisa a Senhora deve saber: eu não sou um bom padre, sou um ótimo padre. Então, por que acontecem todas estas desgraças comigo? Fui caluniado, o meu pai morreu de câncer nos ossos, meu irmão está na prisão. O que é que fiz de tão ruim para viver todas estas desgraças?!”

Não tive resposta. Rezei, depois descemos lá para nosso aposento. E não aconteceu nada. Fui dormir. E me lembro que, um dia depois, o padre que é meu amigo me disse: “Olha, Pe. Eugênio, eu estou escrevendo um livro sobre Medjugorje e devo falar com o Pe. Jozo (naquela época, Pe. Jozo era o pároco de Medjugorje). Ele disse: “Você não poderia rezar o terço com os peregrinos na Colina das Aparições?”. Respondi: “Tudo bem, eu vou. Se é só para puxar o terço, tudo bem”. E fui lá para a Colina com aquelas pessoas. E rezamos o terço.

Na Colina das Aparições, em Medjugorje, existem várias cruzes. Eu encontrei uma cruz bem lá longe e fiquei lá sentado, por minha conta. A um certo momento, sinto tocarem nas minhas costas, e uma pessoa me diz: “O senhor é o Pe. Eugênio La Barbera? Lembro que meu primeiro pensamento (naquela época, a Iugoslávia era um país comunista), meu primeiro pensamento foi: “Vai ver que eu vou ficar numa prisão comunista. Meu irmão, pelo menos, está numa prisão italiana”. E respondi: “Sou eu. E o senhor, quem é?”. Ele disse: “Não importa quem eu sou. Mas eu tenho uma profecia de Nosso Senhor Jesus Cristo por intercessão de Maria sobre tudo o que o senhor pediu ontem à noite na Montanha da Cruz. O senhor quer escutar?”. Àquelas alturas, eu disse: “Sim, eu quero escutar”. E disse esta pessoa: “Nossa Senhora acha que o senhor é um ótimo padre (aí fiquei feliz da vida!). Mas o senhor não pode tirar a fé simples das pessoas, como o senhor fez na Paróquia Sagrado Coração de Jesus com aquele jovem que queria falar de Medjugorje. (Só eu podia saber disso: um jovem daqui de São Paulo, a quem eu proibira de falar sobre Medjugorje). E a pessoa continuou: “Nossa Senhora lhe diz que o seu pai está no paraíso com a sua mãe, o seu irmão vai sair da prisão. O Senhor Jesus está preparando para o senhor uma paróquia em São Paulo, de onde os paroquianos escreveram aqui para Medjugorje pedindo um padre que fosse padre. E Nossa Senhora escolheu o senhor. Mas, sendo que o senhor ainda não acredita em tudo isto, antes que deixe Medjugorje Nossa Senhora dará um sinal particular só para o senhor”.

Depois que esta pessoa falou comigo, a minha reação foi correr para este meu amigo padre e pedir uma confissão geral. Parecia-me ser como aquela mulher do evangelho que correu avisando que vira Jesus. Eu corri para aquele padre, dizendo: “Olha, eu quero me confessar, porque eu encontrei uma pessoa que me contou tudo sobre a minha vida. Eu acho que vou morrer”. Essa foi a minha reação. E fiz uma confissão geral de toda a minha vida. E, por outro lado, dizia a este meu amigo padre: “Olha, eu acredito que Nossa Senhora aparece. São muitas coincidências. Eu acredito. Pronto! Então, eu não quero mais sinais. Você, que acredita mais do que eu, você já é mais velho…, então você avisa a Nossa Senhora que eu não quero sinais”. É claro que o padre, coitado, procurou-me ajudar. Ele disse: “Mas não, se Nossa Senhora quer te dar um sinal, isso é uma coisa boa”. Eu disse: “Mas eu não quero. No próximo sinal, eu vou morrer do coração”.

Chegou então um ônibus da Itália e me pediram para pregar a via-sacra para esses peregrinos italianos, que não tinham nenhum padre consigo. Lembro-me que me preparei muito bem. E, quando eles chegaram, comecei a pregar para eles a via-sacra. Durante a oração, um jovem, que tinha em torno de vinte a vinte e cinco anos, começou a chorar, mas CHORAR…, mas forte! Então, o fato me dava fastígio, me deixava um pouco nervoso, porque todo mundo olhava para ele, ninguém olhava para mim, que estava pregando, não? (E nós, padres, também gostamos de ser escutados). Mas naquela ocasião eu não fiz nenhuma observação, porque senti medo. Pensei: “Vai ver que se eu digo: Cale-se!, Nossa Senhora me aparece”. E fiquei quieto. E também daquela vez foi bem breve a via-sacra.

O jovem parou de chorar, e aí me deu um nervoso (eu sou italiano, sou meio nervosinho). Pensei: agora vou lá e vou ver o que é que o rapaz tinha. (Eu sou muito bom nas pregações, mas não tanto assim que faça as pessoas chorarem…). E o rapaz se virou para mim e disse: “Pe. Eugênio, eu peço desculpas se aconteceu tudo isso. Olha, eu vi, como num cinema, todos os meus pecados. Eu chorava, me arrependia, chorava, e via outros pecados; eu me arrependia, chorava, e via outros pecados”. E dentro de mim, devo confessar, eu pensava: “Puxa! Deve ser um grande pecador este jovem!”. Porque um jovem de vinte anos, chorando em toda a via-sacra… E ele disse: “Quando o senhor parou de falar, eu escutei uma voz bem clara, que não era a sua, e que dizia: Os seus pecados estão perdoados, mas é necessário o perdão da Igreja. Vai e se confesse com o Pe. Eugênio”.

E eu confessei este jovem que tinha muitos pecados, entre parênteses, não estou revelando um segredo de confissão,  mas eu perdoei e, a um certo momento, este jovem disse: “Padre, eu tenho uma coisa para dizer”. Respondi: “Diga”. E ele arregaçou as mangas. Estava tudo preto. Ele se injetava heroína pura. Depois, eu olhei para ele e vi que ele pegou no bolso ampolas de heroína, que levava consigo, e as quebrou na pedra lá na Montanha. Eu disse: “Olha, meu filho, eu não sou médico, mas todo mundo sabe que, quem se injeta heroína pura, não pode parar de um dia para o outro”. Lembro ainda que ele levantou os braços e me disse: “Padre Eugênio, eu estou curado. E este é o sinal que Nossa Senhora te oferece para acreditar”.

Este foi um grande sinal. E, a partir daquele ano, eu comecei a freqüentar Medjugorje todos os anos, até duas vezes por ano, em janeiro e novamente em julho. Fui também durante o período da guerra e nada me aconteceu. Era difícil ir até lá durante o período da guerra, tinha guerra, tinha soldados, mas eu sempre fui fiel. E aconteceu a minha segunda grande experiência em Medjugorje, em janeiro de 1993.

Durante uma grande romaria, da qual eu participava, ocorreu uma aparição de Nossa Senhora para a Vicka. E, como normalmente acontece com todos os videntes, quando termina a aparição eles transmitem alguma coisa que Nossa Senhora tenha dito. Normalmente é: “Nossa Senhora nos abençoou”, “Nossa Senhora colocou as mãos sobre vocês”, e eu já estava acostumado a este tipo de mensagem que os videntes continuamente transmitem.

Eu não conhecia a Vicka e nunca procuro pelos videntes. Eu ia a Medjugorje por causa daquele experiência que tive com Nossa Senhora. Porém, naquele ano, 1993, depois da aparição, Vicka, em vez de transmitir uma mensagem de Nossa Senhora,   virou-se para os milhares de peregrinos, perguntando: “Quem é Padre Eugênio do Brasil?”. Eu na hora fiquei meio receoso, porque era no tempo do regime comunista e eu não sabia o que estava acontecendo. Não me apresentei, fui embora. Mas, à noite, a minha curiosidade venceu, então decidi ir à casa de Vicka. Era a primeira vez que eu entrava na casa de uma vidente. Fui lá e lhe disse: “Vicka, hoje, depois da aparição, você falou dum certo Padre Eugênio. Eu me chamo Padre Eugênio e sou missionário no Brasil”. Ela disse: “É do senhor que estava falando. Nossa Senhora disse para o senhor deixar a sua paróquia, deixar as suas ocupações para formar uma Fraternidade onde se reze, essencialmente se reze, uma comunidade contemplativa onde monges e monjas, homens e mulheres, possam rezar e possam cuidar também dos meninos de rua, daqueles mais necessitados”.

Eu olhei para a Vicka e achei, pela primeira vez, que ela talvez não estivesse vendo Nossa Senhora, porque aquela era uma proposta inusitada, pois falar isso para uma pessoa como eu, que não tenho nenhum carisma particular… Fiquei em dúvida. Então, respondi: “Pergunte a Nossa Senhora de qual banco suíço devo tirar o dinheiro”. Porque, para fazer uma congregação religiosa, é necessário muito dinheiro! E ela não se impressionou. Disse: “Tudo bem, padre. Eu vou perguntar.”

Eu achei que não fosse acontecer mais nada, que a coisa acabaria por aí. Mas no dia seguinte eu estava passando pela velha casa da avó de Vicka, onde normalmente ela fala aos peregrinos, e Vicka me cumprimentou e disse: “Eu tenho uma coisa para lhe dizer”. E eu perguntei: “Nossa Senhora disse de qual banco eu devo retirar o dinheiro?” “Não”, respondeu Vicka, “Nossa Senhora disse que você deve gastar o que recebeu na sua herança, porque o que você recebeu é de Deus. Então, gaste o dinheiro que você recebeu e vá cuidar da sua Fraternidade. Porque lembre-se de que é Dela esta Fraternidade”.

Eu fiquei perplexo, porque ninguém ali sabia que meu pai tinha morrido, Vicka não sabia que eu tinha recebido um dinheiro, não podia saber. Então, eu fiquei perplexo. Ainda uma vez deixei Medjugorje com este sentimento: o que é que Deus quer?

Na realidade, eu não queria contar nada disso para ninguém. Mas, por escrúpulo de consciência,  achei que devia falar ao menos com o meu bispo. Então, pedi audiência ao meu bispo diocesano, Dom Frei Fernando Antônio Figueiredo, e narrei um pouco do que me tinha acontecido. Mas, como existe tanta falta tanto padre no Brasil, estava completamente seguro de que o meu bispo diria: “Não, continue com seu trabalho”.

Na época, eu era diretor da Renovação Carismática na Diocese de Santo Amaro e fazia bastante bem. Era o pároco de duas igrejas e fazia um bom trabalho. Tanto é verdade que, na missa dos jovens, à noite, na Avenida Américo Brasiliense, a polícia tinha que fechar a rua porque eram muitíssimos os jovens que freqüentavam aquela missa. Então, por um lado eu me sentia muito importante, julgando que deveria continuar com o meu apostolado como pároco e como diretor da Renovação Carismática. Mas, pelo contrário,  o meu bispo me disse: “Pe. Eugenio, rezaremos durante um ano para discernir o que o Deus deseja”. Eu me senti mal quando ele me disse: “Vamos rezar”, porque eu pensava que ele iria dizer: “Não, continua, continua com o teu trabalho”.

Passaram-se uns meses, e me lembro que em janeiro de 1994 eu voltei a Medjugorje. Não tinha acontecido mais nada e naquele ano a minha madrinha precisava se operar do coração. Ela não tinha parentes, então eu fui cuidar dela. E qual não foi a minha surpresa quando, passado um ano da minha audiência com o bispo, no dia 22 de agosto de 1994, na Solenidade de Nossa Senhora Rainha, Dom Fernando me telefonou e pediu que escrevesse tudo o que havia ocorrido em Medjugorje, para poder dar andamento à nova fundação, a qual recebeu a sua primeira aprovação no dia 11 de fevereiro de 1995, festa de Nossa Senhora de Lourdes, data em que recebeu o reconhecimento de “Associação de Fiéis” por parte do Bispo de Santo Amaro. Depois disso, as demais aprovações se sucederam, e finalmente, no dia 19 de março de 2005, na Solenidade de São José, a Fraternidade Monástica foi reconhecida pela Santa Igreja como priorado “Sui Iuris” Regina Pacis.

O nome da nossa comunidade é Fraternidade Monástica dos Discípulos de Jesus. Somos uma comunidade mariana, porque nascemos para viver as mensagens de Nossa Senhora, e adotamos também a espiritualide beneditina, ou seja, temos como valores centrais a oração, a leitura espiritual, chamada “Lectio Divina”, e o trabalho, portanto,  vivemos a regra de São Bento, o “ora et labora”, oração e trabalho, que para nós se traduz com o nosso lema: “Seja a nossa oração e não o nosso trabalho a marcar o nosso dia”. Com base nesse lema, nos levantamos às 5h, para iniciar o nosso dia com a adoração ao Santíssimo Sacramento. Nossa jornada é permeada pela meditação da Palavra, pelo ofício divino, pelo rosário completo rezado em comunidade, pela celebração da Santa Eucaristia, adoração à Santa Cruz todas as sextas-feiras, etc.

Após estes anos, percebemos o quanto esta obra é abençoada por Deus, pois vivemos totalmente da Providência e dos nossos trabalhos. Desde 1999, não compramos nada no supermercado e, se nos falta algo, pedimos a Deus que nos envie o alimento. Deus, por meio de Maria, toca os corações, pois, como disse Nossa Senhora em uma mensagem particular dirigida a nós por meio da vidente Vicka: “Sou eu a superiora desta Fraternidade, sou eu que chamo aqueles que quero para esta obra, tanto os consagrados, como também os leigos que vos ajudam com o trabalho e com os bens materiais”.

O nosso Mosteiro tem a Casa Mãe aqui na diocese de Santo Amaro, na periferia, no Jardim Mirna, próximo ao terminal Varginha, estando situado à Av. Antônio Carlos Benjamim do Santos, 3973.

Temos três Mosteiros no mesmo terreno: o Mosteiro Regina Pacis, que é a casa de formação, sendo também o mosteiro masculino; o Mosteiro da Visitação, onde residem as monjas; e o Mosteiro Menino Jesus, onde acolhemos jovens, leigos e religiosos que desejem fazer uma experiência profunda de oração. Lá ministramos retiros de um dia todos os terceiros domingos de cada mês, e ministramos também retiros de três e sete dias (retiro de deserto), segundo a espiritualidade beneditina e mariana. Aqueles que desejarem mais informações sobre os retiros podem enviar um e-mail a retirocmj@terra.com.br ou ligar para nossa secretaria pelo tel (11) 5226-2047. Os que desejarem conferir a programação de retiros poderão entrar no blog da rainha da paz no endereço: http://rainhadapaz.blog.terra.com.br. Neste blog encontrarão também textos de espiritualidade referentes a Medjugorje.

Temos também em nosso complexo estrutural a igreja pública de “Deus Pai”, com missas de segunda a sábado às 18h, e domingos às 11h e 17 h, com exceção do primeiro domingo, quando temos a Missa de Cura, presidida por mim, às 15h.

Desenvolvemos aqui uma série de trabalhos. Todas as terças-feiras, abrimos o nosso Mosteiro para dar o “sopão” a cerca de 400 famílias, projeto este que se realiza no nosso Galpão “Mamma Margherita”.

Atendemos também as crianças das redondezas, ajudamos várias creches e damos uma especial atenção aos jovens que buscam o nosso Mosteiro como um meio de encontrar a razão de ser de suas vidas.

Trabalhamos ainda na formação e orientação dos Grupos de Oração que desejam viver a espiritualidade de Medjugorje. E fazemos trabalhos manuais: ícones, terços, geléias, cremes, etc., como forma de manter a nossa obra.

Além disso, todos os dias atendemos confissões em nosso Mosteiro e damos direção espiritual.

Pretendemos expandir o nosso trabalho com a edificação do “Santuário Rainha da Paz”, que está em processo de aprovação nos órgãos públicos. Desde já, estamos orando em agradecimento pelas pessoas que Nossa Senhora Rainha da Paz chamará e enviará para a conclusão desta missão.

Nossa comunidade Monástica é composta por leigos, clérigos, homens e mulheres, celibatários e casados, tendo como carisma a oração e a contemplação nos moldes da vida monástica, com o desenvolvimento de trabalhos de recuperação de crianças, adolescentes e jovens, dando-lhes uma formação social e espiritual, proporcionando-lhes assim a integração na sociedade. Maria quis que este carisma se estendesse também aos casais e leigos para que se consagrassem a Ela e à Igreja por meio do nosso Mosteiro, a fim de viver a vida de oração proposta pela nossa Fraternidade.

Aqui em nosso Mosteiro temos um privilégio todo particular de Nossa Senhora: Ela nos garantiu que todos os dias, às 17h40m, estaria aqui da mesma forma que em Medjugorje, abençoando todos aqueles que estiverem conosco. Por isso, todos os dias, a esta hora, tocam os sinos da igreja e nós nos ajoelhamos e rezamos uma ave-maria em agradecimento a Ela por tantas graças recebidas.

Aqueles que quiserem receber o nosso jornalzinho informativo e formativo “O DISCÍPULO” poderão nos escrever solicitando sua inscrição. Junto com o jornalzinho receberão também um boleto, com o qual poderão nos ajudar com qualquer quantia em prol desta obra de Maria.