O Sofrimento do corpo Santifica a Alma
“Vós vos alegrais grandemente com este fato, embora atualmente, por um pouco, se preciso, sejais contristados por várias provações, a fim de que a qualidade provada da vossa fé, de muito mais valor do que o ouro perecível, apesar de ter sido provado por fogo, seja achada causa para louvor, e glória, e honra, na revelação de Jesus Cristo.” — 1 Ped. 1,6,-7.
Foram escarnecidos, espancados e presos. Seus lares foram invadidos e seus bens saqueados. Alguns de seus amigos leais e parentes pereceram às mãos de turbas iradas ou foram sentenciados à morte, por decreto judicial. Não haviam cometido nenhum crime para justificar tal tratamento brutal. Levavam uma vida exemplar e tinham verdadeiro amor ao próximo. Mas, incorreram no ódio de muitos. Por quê? Porque eram discípulos de Jesus Cristo. — Atos 8,1-3; Heb. 10,32-34.
BENEFÍCIOS QUE ADVÊM DO SOFRIMENTO
Além disso, a disciplina que vem na forma de sofrimento é sempre proveitosa ou benéfica para os servos de Deus. Pode ter um efeito refinador, revelando falhas de personalidade que precisam ser corrigidas. Estas podem incluir orgulho, obstinação, impaciência, egoísmo, mundanismo e amor ao lazer ou prazer. Quando o cristão faz as necessárias melhoras, ele se torna mais puro e mais santo na sua conduta. ‘Tornando-se santo assim como Deus é santo’, ele passa a ser ‘partícipe da santidade de Deus’. (1 Ped. 1,14-16) Assim se alcança o objetivo da disciplina.
A pessoa pode também aprender da aflição algumas coisas que podem equipá-la melhor para o serviço de Deus. Isto foi ilustrado no caso de Jesus Cristo. Por ter tido extremo sofrimento na carne, obteve a necessária experiência para ser sumo sacerdote compassivo e compreensivo. Isto tornou possível que chegássemos a Deus por meio de Cristo com a maior franqueza no falar, confiantes em que Jesus compreende nossa situação e roga a nosso favor como sumo sacerdote misericordioso. — Heb. 4,15-16.
Naturalmente, os maus tratos podem ser muito difíceis de suportar. Certamente não pode haver sentimento de grande prazer ou júbilo quando se sofre severas dores. Esta experiência é penosa. Todavia, se nos sujeitarmos a ela e permitirmos que nos ajude a ver em que precisamos melhorar, a provação pode ser boa instrução para nós. O resultado final desta instrução será um “fruto pacífico, a saber, a justiça”. Ou, conforme a tradução inglesa de James Moffatt verte as palavras de Hebreus 12,11: “A disciplina, no momento, sempre parece ser motivo de dor, não de alegria; mas os treinados por ela colhem depois o seu fruto na paz duma vida reta.”
Portanto, quando passamos por alguma espécie de provação—doença, desapontamento, injustiça, tragédia ou perseguição — devemos encarar isso como disciplina de nosso amoroso Pai celestial e permitir que a provação tenha bom efeito sobre nós, para tornar-nos melhores servos dele.
Extraído de revistas cristãs