O Purgatório - entrevista com Maria Simma- Parte 4

Criar uma Loja Virtual Grátis
O Purgatório - entrevista com Maria Simma- Parte 4

(Continuação...) PARTE 4 - ENTREVISTA COM MARIA SIMMA DE SONNTAG



VALOR DO SOFRIMENTO


Ir. Emmanuel: Maria, por que uma vez já no purgatório, não se pode conquistar méritos e só aqui na terra se pode? 
Maria Simma de Sonntag


Maria: Porque no momento da nossa morte, os méritos terminam. Somente aqui na terra se pode reparar os males que fizemos; e já as almas que estão no purgatório não têm mais essa possibilidade. Por isso os anjos têm ciúmes de nós, porque temos a possibilidade de crescer enquanto estamos sobre a terra. Infelizmente, muitas vezes, o sofrimento na nossa vida nos faz rebelarmo-nos e temos dificuldades de aceitar e de vivê-la bem.

Ir. Emmanuel: E como podemos viver o sofrimento para que possamos dar fruto?

Maria: O sofrimento é a maior prova do grande amor que Deus tem por cada um de nós, e se o oferecermos com todo coração, poderemos salvar muitas almas.

Ir. Emmanuel: Mas como poderemos acolher um sofrimento como um Dom e não como uma punição ou castigo?

Maria: É preciso oferecer tudo a Santíssima Virgem Maria, porque é Ela que melhor sabe quem precisa mais desta oferta para ser salvo.

Aqui, a propósito do sofrimento, quero contar-lhes um testemunho que Maria nos deu. Esse fato aconteceu no ano de 1954. Uma série de avalanches desastrosas se abateu sobre um vilarejo vizinho ao seu e causou gravíssimos danos. Outras avalanches se precipitaram em direção do lugarejo, onde mora. Mas, aconteceu que a avalanche parou de uma maneira quase milagrosa diante do lugarejo sem causar nenhum dano. Um certo dia, as almas lhe disseram que no lugarejo havia vivido e morrido uma mulher que por trinta anos esteve doente. Durante esse período havia sofrido terrivelmente e oferecido todos os seus sofrimentos pelo bem de sua pequena cidade. As almas lhe disseram ainda, que graças aos seus sofrimentos suportados com paciência nesses trinta anos, é que a cidade foi poupada de ser engolida pela avalanche. Se essa mulher tivesse tido uma boa saúde, não poderia ter protegido a sua cidade. Junto aos nossos sofrimentos suportados com paciência e oração, podemos salvar muitas almas. Não podemos olhar sempre o sofrimento como uma punição. Pode ser aceito como uma expiação, não só para nós mesmos, mas sobretudo, para os outros. Jesus Cristo era inocente e foi Ele que sofreu mais que todos como expiação pelos nossos pecados. Somente no céu saberemos totalmente aquilo que obtivemos por meio do sofrimento suportado pacientemente em união com o sofrimento de Cristo.

Emmanuel: Maria, existe por parte das almas do purgatório uma revolta por causa dos seus sofrimentos? 

Maria: Não. Elas querem e desejam ser purificadas e compreendem que seus sofrimentos são necessários.

O VALOR DO ATO DE CONTRIÇÀO

Emmanuel: Qual é o valor da contrição e do arrependimento no momento da morte?

Maria: A contrição é importantíssima. Os pecados são comumente remidos, mas resta a conseqüência do pecado. Se desejam obter indulgência plenária no momento da morte, isto é, para irem diretamente ao céu, é preciso que as almas se libertem de tudo o que as prende.

E agora quero me referir a um testemunho muito significativo que nos contou Maria. Haviam pedido para que ela se informasse sobre uma mulher cujos parentes pensavam que havia se condenado por ter tido uma vida muito pecaminosa. Ela fora vítima de um acidente. Caiu de um trem que a fez morrer. Uma alma me disse que esta mulher havia sido salva de ir para o inferno porque no momento da sua morte havia dito: “Tu fazes bem em tirar minha vida, assim não poderei mais Te ofender”. E isto fez com que com Deus cancelasse os seus pecados. Isto é muito significativo, porque um só ato de humildade, de arrependimento no momento da morte, nos salva. Isto não significa que esta mulher não tenha passado pelo purgatório, mas se salvou de ir para o inferno que merecia por causa de sua conduta.

Ir. Emmanuel: Maria, queria te perguntar, ainda, se no momento da morte há um tempo em que a alma tem a possibilidade de voltar-se para Deus antes de entrar na eternidade? Um tempo, se queremos, entre a morte aparente e a morte real ?

Maria: Sim. O Senhor dá alguns minutos a algumas almas para que se arrependam de seus pecados e decidam se aceitam ou não ir para Deus. Neste breve tempo se vê, como um filme, a própria vida. Eu conheço um homem que acreditava nos preceitos da Igreja, mas não na vida eterna; um dia ele adoeceu gravemente e entrou em coma. Ele se viu em um quarto onde na parede haviam escrito todas as suas ações boas e más, depois os escritos desapareceram junto com a parede e tudo depois se tornou infinitamente belo. E depois que ele saiu do coma, decidiu mudar de vida.

Também este episódio é igual a tantos outros falados neste livro: “A vida, a outra vida”: a experiência momentânea da luz sobrenatural é tal, que aquelas pessoas não podem viver como haviam vivido antes.

Ir. Emmanuel: Maria, no momento da morte, Deus se revela com a mesma intensidade a todas as almas?

Maria: A algumas almas é dado o conhecimento da própria vida, e também do sofrimento futuro, mas não é igual para todas as almas. A intensidade da revelação do Senhor depende da vida de algumas almas.

Ir. Emmanuel: Maria, o diabo tem o poder de atacar no momento da nossa morte?

Maria: Sim, mas o homem tem a graça de resistir-lhe e de afastá-lo, porque se o homem não quer, o demônio nada poderá fazer.

Ir. Emmanuel: Ah, bem. E quando alguém sabe que deverá morrer logo, segundo você, qual é a melhor preparação que deve fazer?

Maria: Abandonar-se totalmente a Deus, oferecer todo o seu sofrimento e ser feliz em Deus.

Emmanuel: E como devemos nos comportar diante de alguém que está para morrer? Que coisa podemos fazer de melhor para ele?

Maria: Rezar muito e prepará-lo para morrer. Devemos dizer a verdade, fazer de tudo para que, possivelmente, tenha o conforto religioso.

Ir. Emmanuel: Maria, que conselho darias a quem deseja se tornar santo ainda nesta terra?

Maria: Ser humilde, muito humilde, não deve ocupar-se de si mesmo. Deve fugir do pecado, do orgulho, que é a armadilha mais perigosa do maligno.

Ir. Emmanuel: Maria, poderias dizer se podemos pedir ao Senhor para fazermos o nosso purgatório sobre a terra, para não fá-lo depois da morte?

Maria: Oh, sim. Eu conheci um Padre e uma moça que estavam todos dois doentes no hospital. A moça dizia ao sacerdote que ela havia pedido ao Senhor de poder fazer sobre a terra tanto quanto fosse necessário para ir direto ao céu, e o Padre respondeu que ele não ousava pedir isto a Deus. Estava vizinho aos dois uma religiosa que havia escutado toda a conversa. A moça morreu primeiro e em seguida morreu o Padre; e este Padre apareceu à religiosa dizendo:” Se eu tivesse tido a mesma confiança daquela moça, também eu teria ido diretamente para o céu”.

Ir. Emmanuel: Obrigada, Maria, por este testemunho.

Neste momento, Maria me pede cinco minutos porque deveria dar de comer às galinhas. Mas eis que ela vem rápido e continuamos a nossa entrevista.

TODAS AS ALMAS TEM AS SUAS PENAS 
Ir. Emmanuel: Maria, existem diferenças de graus no purgatório?

Maria: Sim. Existe uma grande diferença de graus de sofrimentos morais. Cada alma tem um sofrimento único, que lhe é próprio. Existem milhares de graus.

Ir. Emmanuel: As almas do purgatório sabem que coisa deve acontecer no mundo?

Maria: Sim, não tudo, mas muitas coisas.

Ir. Emmanuel: E estas almas te disseram alguma vez que coisa deve estar para acontecer?

Maria: Dizem-me somente que têm alguma coisa em vista, mas não me revelam que coisa é. Dizem-me somente o que é necessário para a conversão do mundo.

Ir. Emmanuel: Diz-me Maria, os sofrimentos do purgatório são mais dolorosos e penosos do que os sofrimentos aqui na terra?

Maria: Sim, mas de maneira simbólica, fazem mais mal à alma.

Ir. Emmanuel: Sei que é difícil descrever, mas, Maria, Jesus vem muitas vezes ao purgatório?

Maria: Nenhuma alma jamais me disse coisa alguma. É a Mãe de Deus que vem. Uma vez perguntei a essa alma do purgatório se deveria ela mesma ir dar notícias a uma pessoa que queria notícias suas e ela me respondeu que não; é a Mãe da Misericórdia que dá as notícias. Nem mesmo os santos vão até o purgatório; ao contrário, são os anjos que estão lá, São Miguel... e cada alma tem o seu anjo da guarda vizinho.

Ir. Emmanuel: Oh! Que magnífico! Os anjos estão conosco! Mas o que fazem os anjos no purgatório?

Maria: Aliviam e consolam, e as almas podem vê-los.

Ir. Emmanuel: Oh! Belíssimo! Mas então, Maria, se continuas a falar dos anjos, me dá logo vontade de ir ao purgatório!

REENCARNAÇÀO, ATEÍSMO, SUICÍDIO, DROGAS...

Ir. Emmanuel: Outra pergunta: tu sabe que muita gente hoje, acredita na reencarnação. Que dizem as almas à este respeito?
Maria Simma de Sonntag

Maria: As almas dizem que Deus nos dá uma só vida.

Ir. Emmanuel: Alguns sustentam que uma só vida não é suficiente para conhecer Deus e para ter tempo de converter-se. Que coisa dizes para esses que pensam assim?

Maria: Todas as almas têm uma fé interior, mesmo as não praticantes, essas também têm o conhecimento de Deus. Não existe nenhuma que não creia totalmente. Todos os homens têm uma consciência para conhecer o bem e o mal, uma consciência interior, certamente de graus diversos, de distinguir o bem do mal. Com tal consciência, cada ser humano pode chegar às bem-aventuranças.

Ir. Emmanuel: Maria, que coisas acontecem às pessoas que se suicidam? Fostes já visitada por algumas destas almas?

Maria: As almas que vêm a mim são almas do purgatório. Portanto, até hoje não encontrei nenhum caso de um suicida ter se perdido. Isto não significa que não exista. Mas algumas almas me dizem que os mais culpados são aqueles que lhes são próximos, porque foram negligentes e difundiram calúnias.

Sobre este ponto perguntei à Maria se as almas se arrependem de terem se suicidado, e Maria me respondeu que sim, mas disse que muitas vezes os suicidas são pessoas doentes. É comum que as almas se arrependam, porque apenas vendo as coisas na luz de Deus, compreendem, em um só instante, todas as graças que ainda estavam reservadas para eles durante o tempo que tinham de vida; vendo todo este tempo restante (meses ou anos), e todas as almas que poderiam ter ajudado, oferecendo o resto de suas vidas a Deus, esta é a mais dolorosa dor: ver o bem que poderiam ter feito e não o fizeram por haverem abreviado suas vidas. Mas, se a causa é uma doença, o Senhor certamente levará em conta. 

Ir. Emmanuel: Maria, tu foste visitada por pessoas que se destruíram com as drogas com uma overdose?

Maria: Sim, não se perderam, mas devem sofrer no purgatório.

Ir. Emmanuel: Maria, existem pessoas que dizem: “Eu sofro muito no meu corpo, no meu coração, é muito duro para mim. Eu quero morrer”... que posso fazer?

Maria: Sim, isto acontece demais, porém, poderiam dizer: “Meu Deus, eu ofereço este sofrimento pela salvação das almas”. Porém, muitas vezes, falta-lhes a fé e a coragem, e principalmente hoje, pois poucos pensam assim. Podemos dizer a essas pessoas que não sabem oferecer os seus sofrimentos, que a alma que sofre com paciência, resignação e oferece a Deus as suas cruzes, será bem-aventurada e terá uma grande felicidade no céu. E no céu existem milhares de bem-aventuranças, mas em todas elas existe uma felicidade perfeita, cada desejo lá em cima é totalmente apagado e, em verdade, cada um é consciente de que não poderia desejar mais do que mereceu.



RELIGIÕES NÃO CRISTÃS



Ir. Emmanuel: Maria, queria te perguntar se as almas de pessoas de outras religiões, por exemplo, já vieram te visitar?

Maria: Sim, e estão na felicidade. Aqueles que vivem bem a sua fé estão na paz, porém, é na fé católica que mais almas ganham o céu.

Ir. Emmanuel: Há religiões que são ruins para as almas?

Maria: Não, mas existem tantas religiões sobre a terra! As mais vizinhas da fé católica são as ortodoxas e as protestantes. Existem muitos protestantes que recitam o rosário. As seitas são muitas e muito ruins, é preciso fazer tudo para exterminá-las.

OS CONSAGRADOS E O PURGATÓRIO 

Ir. Emmanuel: Maria, existem Padres no purgatório?

( quando fiz essa pergunta, vi Maria Simma levantar os olhos para o céu como se dissesse: Ai meu Deus!!! )

Maria: Sim, são muitos. Esses estão lá por não terem ajudado aos fiéis a terem respeito pela eucaristia. Esses Padres estão no purgatório por haverem negligenciado a oração e por isso a sua fé diminuiu, porém, é verdade que muitos foram diretamente para o céu.

Ir. Emmanuel: Bem, e o que dirias a um sacerdote que deseja viver verdadeiramente seu sacerdócio segundo o coração de Deus?

Maria: Aconselhar-lhes-ia a rezarem muito ao Espírito Santo e a rezarem o Santo Rosário todos os dias.



AS CRIANÇAS E O PURGATÓRIO



Ir. Emmanuel: Maria, existem crianças no purgatório?

Maria: Sim, mas para elas o purgatório não é muito longo nem muito penoso, porque a essas falta o pleno discernimento.

Ir. Emmanuel: Eu penso que algumas dessas crianças já vieram ao teu encontro. Tu nos contaste a história daquela menina, a menor que tu viste, era uma criança de quatro anos, mas por que ela estava no purgatório?

Maria: Por quê? Porque essa menina havia ganho de seus pais no Natal um bambolê. Ela tinha uma irmã gêmea que havia também recebido um . E eis que essa menina de quatro anos havia quebrado o seu bambolê e escondido. Sabendo que ninguém a via, colocou seu bambolê quebrado no lugar do de sua irmã e assim fez uma troca, sabendo muito bem, no seu pequeno coração, que havia causado muita dor a sua irmã, e se deu conta de que isto era um engano e uma injustiça. Por causa disso ela teve que fazer o seu purgatório.

Sim, as crianças têm uma consciência mais viva que os adultos, é preciso, sobretudo, lutar contra a mentira; porque são muito sensíveis.

Ir. Emmanuel: Maria, como podem os pais ajudar na formação da consciência dos filhos?

Maria: Antes de tudo, um bom exemplo é o mais importante, e depois, com a oração. Os pais devem abençoar os filhos e instruí-los bem nas coisas de Deus.



PECADOS CONTRA A NATUREZA

Ir. Emmanuel: Isto é muito importante! Maria, já foste visitada por almas que sobre a terra praticaram perversões na prática da sexualidade?

Maria: As almas que eu conheci (todas do purgatório) não se perderam, mas devem sofrer muito para purificar-se. Em todas as perversões está presente a obra do maligno e, de um modo particular, no homossexualismo.

Ir. Emmanuel: Que conselho tu darias a todas aquelas pessoas que são tentadas na homossexualidade, que têm essa tendência?

Maria: Diria para rezarem, rezarem muito para terem força de afastar-se desse pecado. Sobretudo rezar a São Miguel Arcanjo, porque é ele, por excelência, quem combate o maligno.

Ir. Emmanuel: Oh, sim, o Arcanjo São Miguel? Maria, e quais são as tendências do coração que podem conduzir mais almas à perdição definitiva, isto é, ao inferno?

Maria: É quando não querem ir para Deus, isto é, quando dizem decisivamente: “Eu não quero”!



QUEM VAI PARA O INFERNO?



Ir. Emmanuel: Agradeço-te por esta precisão. A este propósito, Maria, eu uma vez interroguei Vicka, uma das videntes de Mediugorie, que me dizia também que as almas que ela havia visto no inferno, foram elas que decidiram ir e não foi Deus quem as mandou, ao contrário, Deus está lá (no momento da morte) e ele sempre suplica às almas a acolher sua misericórdia. O pecado contra o Espírito Santo de que fala Jesus que não tem perdão, é exatamente o de rejeitar radicalmente a misericórdia de Deus em plena luz e em plena consciência. João Paulo II fala muito bem na sua Encíclica sobre a Misericórdia Divina, que cada um de nós com as nossas orações, podemos fazer muito pelas almas que estão para perder-se. Maria, a esse respeito, tu tens algum testemunho para nos contar?

Maria: Um dia, encontrava-me em um trem e no meu compartimento havia um homem que não parava de falar mal da Igreja, de falar contra os sacerdotes e contra Deus. Não parava de falar mal, e eu lhe disse:” Escute-me, você não tem o direito de falar tudo isso, não é bom”. Chegando a minha estação, desci do trem e no meu coração eu disse: “Oh meu Deus que esta alma não se perca”. Alguns anos depois, a alma deste homem veio visitar-me e me contou haver estado perto de condenar-se no inferno, e de ter sido salvo simplesmente por causa daquela oração que eu havia feito naquele momento.

Sim, é extraordinário ver como simplesmente um só pensamento, um sentimento do coração, uma simples oração por alguém, pode impedir que essa alma vá para o inferno. E o inferno é isto: É dizer não a Deus, porém, a nossa oração pode suscitar um ato de humildade, por menor que seja .Isto evita o inferno.

Maria: Uma alma me contou: " não havendo observado a lei de trânsito, morreu de repente em um acidente em Viena". Lhe perguntei: "estava pronta para entrar na eternidade? "

" Não estava pronta ", e acrescentou, " mas Deus dá aqueles que não pecam contra ele com insolência e presunção dois ou três minutos para arrepender-se. E só aqueles que dizem não é que se condenam".

A alma prosseguiu com seu comentário interessante e instrutivo: " quando um morre em um incidente, as pessoas dizem que era chegada a sua hora. É falso: isso só pode se dizer quando uma pessoa morre sem ser por sua culpa. Mas segundo os designos de Deus, eu poderia ter vivido ainda trinta anos: então teria transcorrido todo o tempo da minha vida". Por isso o homem não tem o direito de expor a sua vida ao perigo de morte, a não ser em caso de necessidade.

Um médico veio um dia lamentar-se que deveria sofrer por haver abreviado a vida dos pacientes com injeção ( eutanásia ) para que não sofressem mais. Disse que o sofrimento, quando é suportado com paciência, tem para a alma um valor infinito; sim, tem o dever de aliviar os grandes sofrimentos, mas não o direito de abreviar a vida com meios químicos.

Ua outra vez, veio uma mulher. E confessou-me: " eu tive que sofrer trinta anos de Purgatório, porque não deixei minha filha entrar para o convento".

Ir. Emmanuel: Maria, não é incrível alguém chegar a ponto de dizer não a Deus? E no momento da morte, quando vê Deus face a face?

Maria: É. Infelizmente isso acontece. Por exemplo, um homem me disse que não queria ir para o céu e sabe por quê? Porque segundo ele, Deus permite os injustos e a injustiça ... e eu lhe disse que quem faz isso são os homens e não Deus. Respondeu-me assim: “Espero não encontrar Deus depois da morte, porque se isso acontecer, eu lhe quebrarei a cara. Ele tinha um ódio profundo contra Deus, mas Deus deixa o homem livre, poderia impedir essa vontade, mas não, ele quer deixar sua livre escolha. Deus dá a cada um de nós durante a vida sobre a terra e na hora da morte, muitas graças para converter-se. Também, depois de uma vida vivida nas trevas, se esse pede perdão, certamente se salvará.

Ir. Emmanuel: Jesus disse que é difícil para um rico entrar no reino do céu. Tu, por acaso, já viste casos desse gênero?

Maria: Sim, eles fazem boas obras e nas obras de caridade praticam o amor e com amor, também podem chegar ao céu como os pobres.

Ir. Emmanuel: E agora, Maria, no momento presente, tu ainda recebes visita das almas do purgatório?

Maria: Sim, duas ou três vezes pela semana.