O duro combate contra a tentação

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O duro combate contra a tentação

O duro combate contra a tentação

 

Todos nós temos um inimigo em comum, o próprio Satanás. A Bíblia diz que ele é o homicida desde o princípio, conforme São João 8, 44 “Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.”

O primeiro passo para derrotarmos um inimigo é reconhecer a sua existência e na medida do possível conhecer suas formas de ataque. Infelizmente, muitos negam a existência do demônio, entre esses, alguns sacerdotes.

Mas acredite, o demônio existe! É uma verdade de fé! Fazer acreditar que não existe é uma estratégia dele, pois como disse, quando não se reconhece o inimigo não o combate. O próprio Jesus falou várias vezes sobre a existência e o perigo que o demônio pode ser para nós.
O demônio é o inimigo de Jesus e também nosso inimigo, pois somos seguidores Dele, conforme Apocalipse 12, 17 “Este, então, se irritou contra a Mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.”

A boa notícia é que não estamos sós nessa batalha, temos simplesmente Jesus de nosso lado, conforme 1 São João 3, 8 “Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio.”

Assim como temos pessoas que negam a existência do demônio, temos também as pessoas que o coloca com poderes além do que ele tem, quase que como um “deus mau”. Obviamente, o demônio é muito poderoso, se não fosse à misericórdia de Deus, nos reduziria a pó em poucos segundos. Mas seu poder perto de Jesus é um nada! Em Jesus somos mais que vencedores, conforme Romanos 8, 37 “Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou.”

Essa batalha começou faz muito tempo, desde o Jardim do Éden, quando nossos pais, Adão e Eva pecaram, cometeram o pecado original. Erroneamente, muitos dizem que o pecado cometido por Adão e Eva foi ter tido relações sexuais. São Tomás de Aquino dizia que Adão e Eva só não tiveram relações sexuais se não tivessem tido tempo. Relação sexual se torna pecado quando feita fora do matrimônio, portanto, no caso de Adão e Eva mesmo que tivessem tido relações não pecaram por isso. O pecado de nossos pais foi à desobediência e a pretensão de ser Deus comendo do fruto da árvore da sabedoria, conforme Gênesis 2, 9 “O Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores, de aspecto agradável, e de frutos bons para comer; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal.”

O demônio por essência nos odeia com todas as forças, pois é invejoso e tem inveja de nós, pois somos imagem de semelhança de Deus, conforme Gênesis 1, 27 “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.” Lúcifer caiu por soberba, por se achar melhor que Deus e olha, que a Bíblia diz que o Lúcifer era sinônimo de poder, conforme Ezequiel 28, 12 “is o que diz o Senhor Javé: Eras um selo de perfeição, cheio de sabedoria, de uma beleza acabada.”

Nenhum de nós esta livre do combate espiritual, nenhum! Por mais santo ou santo que a pessoa acredite ser, não esta livre. O próprio Senhor Jesus em várias narrativas esteve combate espiritual, conforme podemos ver, por exemplo, em São Mateus 12, 22-28 “Apresentaram-lhe, depois, um possesso cego e mudo. Jesus o curou de tal modo, que este falava e via. A multidão, admirada, dizia: Não será este o filho de Davi? Mas, ouvindo isto, os fariseus responderam: É por Beelzebul, chefe dos demônios, que ele os expulsa. Jesus, porém, penetrando nos seus pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo será destruído. Toda cidade, toda casa dividida contra si mesma não pode subsistir. Se Satanás expele Satanás, está dividido contra si mesmo. Como, pois, subsistirá o seu reino? E se eu expulso os demônios por Beelzebul, por quem é que vossos filhos os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. Mas, se é pelo Espírito de Deus que expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus.”

O ataque de Satanás

Os temas que envolvem as possessões diabólicas sempre trazem consigo muitas polêmicas e dúvidas. A possessão diabólica é uma manifestação extraordinária do demônio que por mistério de Deus é permitida. A forma mais comum de manifestação do demônio em nossas vidas é a opressão que pode sim virar a ser uma possessão, mas como disse, a possessão é algo mais raro.

O demônio nos oprime de várias formas, desde sensações espirituais, como por exemplo, sensação de estar sendo perseguido por alguém um por algo, sensações de desespero sem motivo aparente, de sufocamento, etc até sensações físicas como algumas pessoas muitas das vezes sente.

Mas nem a possessão e nem a opressão pode nos levar ao inferno, pois são manifestações do demônio, mas que necessariamente não nos levam a pecar. O pecado sim pode nos condenar, pois sabemos que o salário do pecado é a morte, conforme Romanos 6, 23 “Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.”

Obviamente o pecado de uma pessoa, ou seja, uma brecha aberta na vida da pessoa pode sim, desencadear opressão e talvez quem sabe, uma possessão. Mas isso não é exatamente uma regra, pois pessoas muito santas, que em alguns estágios da vida não cometeram nem mais pecados veniais são atacadas. Casos como de São Padre Pio, mesmo sendo um dos maiores santos da história da Igreja, era atacado por Satanás e muitas vezes até mesmo de forma física.

O demônio quer levar o maior número de almas para o inferno, é a missão dele! A nossa obrigação é resistir, conforme São Tiago 4,7 “Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós.”

O ataque do demônio para nos condenar é a tentação! A tentação nos leva a pecar e por conseqüência se não arrependido e confessado nos leva ao inferno, nos condena. São Paulo nos alerta na carta aos Efésios 6, 10-18:

“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos.”

Nenhum de nós está livre da tentação, nem mesmo Jesus escapou da tentação, a diferença é que Ele não pecou, conforme Hebreus 4, 15 “Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado.”

O próprio Jesus foi tentado pelo demônio no deserto, conforme São Mateus 4, 1-11 “Em seguida, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo demônio. Jejuou quarenta dias e quarenta noites. Depois, teve fome. O tentador aproximou-se dele e lhe disse: Se és Filho de Deus, ordena que estas pedras se tornem pães. Jesus respondeu: Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3). O demônio transportou-o à Cidade Santa, colocou-o no ponto mais alto do templo e disse-lhe: Se és Filho de Deus, lança-te abaixo, pois está escrito: Ele deu a seus anjos ordens a teu respeito; proteger-te-ão com as mãos, com cuidado, para não machucares o teu pé em alguma pedra (Sl 90,11s). Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus (Dt 6,16). O demônio transportou-o uma vez mais, a um monte muito alto, e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a sua glória, e disse-lhe: Dar-te-ei tudo isto se, prostrando-te diante de mim, me adorares. Respondeu-lhe Jesus: Para trás, Satanás, pois está escrito: Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás. Em seguida, o demônio o deixou, e os anjos aproximaram-se dele para servi-lo.”

 


 

Note nessa passagem, como o demônio é audacioso, tentou o próprio Deus usando a Palavra Dele mesmo, o demônio usou a Palavra de Deus para tentar o próprio Deus. Veja quão importante é sermos íntimos da Palavra do Senhor, de sempre meditarmos mesmo que seja por alguns minutos por dia a Bíblia. Se você não tem esse costume, procure tê-lo! Garanto que o ajudará muito no combate a tentação.

Somos tentados nas nossas fraquezas, conforme São Tiago 1, 14-15 “Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e alicia. A concupiscência, depois de conceber, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” Portanto, se você tem tendência a pecar pela bebida, por exemplo, é por esse campo que mais será atacado; ou então pelo sexo desregrado será essa área; ou então pela idolatria ao dinheiro e ao poder, será essa área mais atacada; ou pela soberba e assim por diante.

O demônio nos conhece, sabe de nossas fraquezas! Não se iluda achando que ela possa te achar uma pessoa “boazinha” e que por isso, não irá te atacar. Ele veio para matar roubar e destruir, conforme São João 10, 10 “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância.”

Nosso primeiro Papa, São Pedro nos alerta quanto aos ataques do demônio, conforme 1 São Pedro 5, 8-9 “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé. Vós sabeis que os vossos irmãos, que estão espalhados pelo mundo, sofrem os mesmos padecimentos que vós.”

Mas como diz o ditado popular, “Deus não manda o frio maior que o cobertor”, o que isso quer dizer? Quer dizer que Deus nunca permitirá que sejamos tentados além de nossas forças, se somos tentados é porque temos forças o suficiente para vencer a tentação, conforme 1 Coríntios 1, 10 “Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela.”

A luta contra a tentação

Já sabemos que o demônio existe e que sua missão é nos levar para o inferno através das tentações nos fazendo pecar. Mas como vencer isso?

Nosso Senhor Jesus Cristo, deixa bem claro que o Reino dos Céus é para os violentos, conforme São Mateus 11, 12 “Desde a época de João Batista até o presente, o Reino dos céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam.” Portanto, não podemos nada sozinhos, tudo o que podemos é por mérito de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas temos nosso esforço pessoal para buscar essa salvação, sermos violentos na oração.  Jesus nos ensina em São Mateus 26, 41 “Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Mas caso nesse momento, você tenha pecado, tenha se arrependido, faça uma boa confissão. A confissão é um santo remédio contra os ataques do inimigo, é uma das maiores orações de exorcismo, pois pela confissão tiramos a legalidade do demônio em nossas vidas através de um determinado pecado. O sacramento da confissão foi instituído pelo próprio Cristo, conforme São João 20, 22-23 “Depois dessas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos.” Podemos ver também sobre a confissão em São Tiago 5, 16 “Confessai os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração do justo tem grande eficácia.”

Combater a concupiscência é tarefa árdua, mas não impossível. O Padre Antonio Royo Marin, em sua obra “La teologia de la perfeccion cristiana”, apresenta dez “remédios” para essa missão:

1.    Mortificação: mortificar-se nas coisas lícitas, renunciando a prazeres honestos a fim de ter forças para renunciar aos ilícitos;

2.    Afeição ao sofrimento e à cruz: aproximar-se de Cristo na Cruz é também aproximar-se do Amor que será pleno no céu. Não existe meio de amar sem estarem dispostos a carregar a cruz e a amar os outros;

3.    Combate à ociosidade: usar o tempo para estar com Deus;

4.    Fuga das ocasiões perigosas: não dar oportunidade para a tentação carnal se manifestar. Não bastam os propósitos de não pecar, pois o corpo quer o contrário do que a alma deseja;

5.    Meditação a respeito da dignidade do cristão: considerar que todos são chamados à santidade, todos têm essa alta vocação e pensar sobre ela afasta do pecado;

6.    Lembrar que o Inferno existe: o castigo do pecado pode ser aplicado tanto pela danação eterna quanto ainda neste mundo;

7.    Recordar a Paixão de Cristo: olhando o amor com que Jesus amou a humanidade, doando-se inteiramente para salvá-la, faz com que haja uma maior resistência ao pecado;

8.    Orar de modo humilde e perseverante: para combater o pecado é preciso contar com a ajuda da graça eficaz. O pedido amoroso a Deus é fundamental para que a carne seja vencida;

9.    Devoção terna e amorosa pela Virgem Maria: Ela foi dada à humanidade como auxílio na luta contra o pecado. No dia em que pecado instalou-se no mundo, Ela foi profetizada por Deus. Maria Castíssima, Puríssima e Santíssima ajuda no combate;

10.    Freqüência nos sacramentos: especialmente o da Confissão e da Eucaristia, que são escolas de santidade, importantíssimas para a verdadeira conversão. O sistema de salvação que vem pelos sacramentos foi dado por Deus para esta batalha;

Alguns dizem que nos católicos, somos masoquistas, pois gostamos de sofrer. Na verdade ninguém gosta de sofrer, mas fazemos as penitências por amor a Deus, por nossa santificação e salvação. Fugir da dor, nos impede que nos santifique. Pode até se salvar, mas passará um tempo no Purgatório, pois é necessária a penitência para reparar os pecados cometidos. O sofrimento é algo importante para o homem e alguns pontos de sua necessidade devem ser recordados:

11.    O sofrimento expia os pecados: são atos de mérito diante de Jesus;

12.    Submeter a carne ao espírito: por causa do pecado original quem manda no homem é a carne e não o espírito, por isso é preciso domá-la, colocar limites;

13.    Desapegar-se das coisas mundanas: os quais impedem que o homem ame a Deus sobre todas as coisas;

14.    A penitência purifica e torna o homem mais belo: o objetivo do homem é deixar sua alma cada vez mais bonita, esta é a beleza que importa realmente: a espiritual;

15.    A penitência ajuda a alcançar graças diante de Deus: a oração de quem agrada a Deus é ouvido de maneira mais eficaz por Ele;

16.    A penitência faz com que as pessoas sejam mais apostólicas: pessoas que evangelizam mais, pois estão mais voltadas para o outro;

17.    A penitência torna as pessoas mais parecidas com Jesus e Maria;

Fazemos parte desse mundo, mas não somos desse mundo. Muitos chegam a ter problemas e até perturbações, quando sem uma fé madura entram muito a fundo nas linguagens da Nova Era, que infelizmente esta em todos os lugares, desde os desenhos animados para as crianças, aos produtos de higiene que usamos no nosso dia a dia e assim por diante. São João nos alerta na em 1 São João 5, 19 “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno.”
Mas nosso Senhor Jesus nos conforta e nos anima para a luta, em São João 15, 19-20 “Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa.”

Também podemos ver a certeza de nossa vitória em São João 16, 33 “Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo”