“Quando tivermos deixado esta terra de exílio – escreve piedoso autor – e nossos olhos se entreabrirem aos esplendores e encantos do além, tudo nos será revelado. Como nos havemos de felicitar então pela nossa confiança obstinada em Nosso Senhor! Como nos alegraremos por ter tido uma confiança tão imensa como a nossa imensa miséria”

No jardim maravilhoso do Céu, onde floresceremos por toda a eternidade, descobriremos, admirados, entre magníficas rosas e delicadas tulipas e graciosos crisântemos, originais e soberbas orquídeas de Jesus, as flores mais delicadas e ingratas, que reclamaram do Jardineiro Celeste tantos e duros trabalhos para conservá-las vivas. Oh! Haveremos de estar, talvez, entre essas flores que exigiram de Nosso Senhor tamanhos esforços e cuidados! O jardineiro se orgulha quando tirou da floresta uma orquídea rara e a trouxe carinhosamente para o jardim, entre mil cuidados e sacrifícios. E tratou-a e vigiou-a dia e noite até que a viu salva e toda bela entre as demais flores. Jesus se regozijará, quando no Céu nos receber, a nós, pobres flores agrestes que Ele, cheio de amor, veio buscar na floresta tão feia deste mundo, para o jardim da Sua Misericórdia (1).