Natal e Réveillon:tempo de alegrarmo-nos no Senhor

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Natal e Réveillon:tempo de alegrarmo-nos no Senhor

Natal e Réveillon: tempo de alegrarmo-nos no Senhor

Iniciam-se as comemorações de fim de ano – Natal e Réveillon, além de outras confraternizações entre familiares, amigos, colegas de trabalho. Tempo marcado por reflexões, metas e sonhos.

Por quatro semanas, no tempo do advento, a Santa Igreja nos prepara para que a Luz do mundo atualize no nosso hoje a manifestação do Salvador. Com a gestação da Virgem Maria, gestamos em nossas almas o Cristo, que faz do nosso coração manjedoura e escolhe também, através da humanidade, realizar a glória de Deus no mundo.

“Alegremo-nos todos no Senhor: hoje nasceu o Salvador do mundo, desceu do céu a verdadeira Paz!” (Antífona de entrada da Missa da Noite de Natal)

No Natal, a Esperança é renovada. Somos convidados a lançar ao nosso passado o olhar da misericórdia de Deus e assumir um novo compromisso para, junto com Maria, dizer: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1,38). Inicia-se um novo tempo. Comprometemo-nos, com esta Esperança, a sermos mais determinados na busca de nossas metas e nos dispomos verdadeiramente a enfrentar as adversidades, perseguições e angústias para um novo começo. Mas como usar este novo tempo que Deus nos dá para amar? Em meio a um mundo que busca cada vez mais o bem individual e a realização pessoal trilha um caminho cego de egoísmo, baseando-se exclusivamente no desejo da própria felicidade, como ser sinal do amor? Como sofrer esta influência do mundo sem deixar-nos influenciar?

Réveillon, tempo de alegria

Em 1º de janeiro, Réveillon, comemoramos a Solenidade da Santa Mãe de Deus. Nossa mãe e mestra, que inspirada pelo Espírito Santo exulta de alegria em seu Magnificat, vem ser este auxílio, para que a seu exemplo, aprendamos que não há maior alegria do que cumprir a vontade de Deus, vivendo a serviço do próximo, ainda que isso custe o nosso descanso. Colocamo-nos em batalha para travar as lutas contra o pecado do orgulho e da soberba que, incansavelmente, quer nos pôr acima do outro, contra a avareza que deseja reter nossa força apenas para o nosso próprio bem, e contra a acídia que insiste em diminuir a capacidade que Deus nos dá. É necessário violentar nossos corações! Nosso Senhor nos recorda que “O Reino dos Céus é arrebatado à força, e são os violentos que o conquistam”. (Mt 11, 12).

Precisamos usar nossa razão e vontade a serviço da verdade, amando a Deus acima de todas as coisas, e ao nosso próximo como a nós mesmos, para manifestar ao mundo a justiça de Deus. Deixando, assim, este egoísmo que deseja nos cegar, e transbordando a alegria da Esperança daqueles que esperam no Senhor e confiam que Ele tudo fará. É preciso dar um passo a frente das nossas próprias dificuldades a fim de auxiliar nossos irmãos que estão padecendo pelo caminho e precisam de ajuda para animar a esperança neste novo tempo, para que não vivam uma busca parada, mas permaneçam percorrendo no hoje a meta que nos fará alcançar nosso fim último: Deus!

“Deus, infinitamente perfeito e bem-aventurado em Si mesmo, num desígnio de pura bondade, criou livremente o homem para torná-lo participante da Sua vida bem-aventurada. Por isso, sempre e em toda a parte, Ele está próximo do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-Lo, a conhecê-Lo e a amá-Lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens, dispersos pelo pecado, à unidade da Sua família, que é a Igreja. Para tal, ‘enviou o Seu Filho como Redentor e Salvador na plenitude dos tempos'” (CIC, § 422).

É necessário desacomodar do nosso tempo, das nossas vontades, dos nossos sentimentos e emoções, da nossa timidez, e sem medo, nesta violência do amor, arrancar vidas que já estão sufocadas pela morte da esperança, em seu último suspiro. Precisamos concretizar no hoje, nossa imagem e semelhança ao nosso Pai, buscando a felicidade do nosso próximo, sendo esse nosso pai, mãe, irmão, filho, esposa, marido e aquele que talvez nunca mais vejamos.

Que, com o nascimento de Cristo neste Natal, possamos fazer deste Ano Novo, do Réveillon que nos é dado como uma nova oportunidade, um tempo oportuno para amar mais do que ser amado e, inspirados pelo Espírito Santo, seguir os passos da Virgem Maria. Manifestando, desta forma, ao mundo, a força do amor, que docemente nos coloca a caminho do céu, em atos concretos ou através do silêncio, guardando tudo em nossos corações e partilhando destas alegrias e tristezas com o próprio Deus.

Larissa Martins Machado
Postulante da Comunidade Católica Pantokrato

Fonte: Comunidade Católica Pantokrator