Das 4 às 5 da tarde A sepultura de Jesus. Maria Sa

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Das 4 às 5 da tarde A sepultura de Jesus. Maria Sa

Das 4 às 5 da tarde

A sepultura de Jesus.
Maria Santíssima desolada

Oração antes de cada Hora

Minha Mãe dolorosa, vejo que estás disposta a fazer o último sacrifício, o de sepultar o Teu Filho. Completamente resignada à Vontade de Deus, acompanha-l’O e, com as Tuas próprias mãos, depõe-l’O no sepulcro; mas, enquanto compões os Seus membros e Te preparas para Lhe dar o último beijo e o último adeus, a Tua dor é tal que parece que Te arrancam o Coração do peito. O amor faz-Te debruçar sobre aqueles membros e, em virtude do amor e da dor, a Tua vida está para chegar ao seu termo, juntamente com a do Teu Filho. Pobre Mãe, o que farás sem Jesus? Ele é a Tua Vida, o Teu Tudo; Mas este é o Querer do Eterno, que assim quer. Deverás combater com duas forças insuperáveis: o Amor e o Querer Divino. O Amor une-Te, ao ponto de não Te poderes separar; o Querer Divino impõe-se e pede o sacrifício. Pobre Mãe, o que farás? Quanta compaixão tenho de Ti! Ó Anjos do Céu, vinde ajudá-l’A a separar-se dos membros petrificados de Jesus, de outro modo Ela morrerá!

Pobre de você, oh minha mãe, o que você vai fazer sem Jesus? Ele é sua Vida, seu Todo e ainda é a Vontade do Eterno que o quer. Você terá que lutar com dois poderes insuperáveis: o amor e a vontade divina. Amor, você ficou preso de tal forma que você não pode se separar disso; A Vontade Divina se impõe e pede esse sacrifício. Pobre você, oh mãe, como você vai fazer? Quanto eu tenho pena de você! Oh, anjos do céu, venha ajudá-la a subir acima dos membros rígidos de Jesus, senão ela vai morrer!

Mas, que milagre, enquanto parecia que estava morta, juntamente, com Jesus, ouço a Sua voz trémula e recortada pelos soluços, que diz:

“Meu Filho Amado, o único alívio que Me restava, e que diminuía as Minhas dores, era a Tua Santíssima Humanidade, podendo desabafar sobre as suas Chagas, adorando-as e beijando-as. Agora, também, sou privada disto, porque assim quer o Querer Divino, e Eu aceito; mas, Filho, Tu sabes que quero e não consigo. Só o pensar que tenho de Me separar de Ti, Me deixa sem forças e sem vida. Ó Filho, para ter vida e força para Me separar, permite-Me que permaneça totalmente sepultada em Ti e que faça Minha a Tua Vida, as Tuas dores, as Tuas reparações e tudo aquilo que Tu és. Ah, só uma troca de vida, entre Ti e Mim, poderá dar-Me força para fazer o sacrifício de Me separar de Ti!”

Minha Mãe, com decisão, vejo-Te acariciar, de novo, aqueles membros e encostar a Tua cabeça à de Jesus; ao beijá-la, encerras nela os Teus pensamentos e fazes Teus os Seus espinhos, os Seus pensamentos aflitos e ofendidos e tudo aquilo que sofreu na Sua Santíssima Cabeça. Oh, como quererias animar a Inteligência de Jesus com a Tua, para poderes dar vida por vida! Ao fazeres Teus os pensamentos e os espinhos de Jesus, fez-Te começar a viver de novo.

Mãe Dolorosa, vejo que beijas os Olhos fechados de Jesus e sofro ao ver que Jesus não olha para Ti. Quantas vezes, os Seus olhares Te enchiam de Paraíso e Te faziam passar da morte à vida, e agora, vendo que já não Te olha, sentes-Te morrer! Por isso, nos olhos de Jesus deixas os Teus e fazes Teus os Seus, as Suas lágrimas e amarguras ao ver as ofensas das criaturas, os inumeráveis insultos e desprezos.

Minha Mãe trespassada, vejo que beijas os seus Santíssimos Ouvidos e O chamas e voltas a chamar, dizendo: “Meu Filho, será possível que já não Me escutes, Tu que a um pequeno gesto Meu Me escutavas? E agora choro, chamo-Te e não Me ouves? Ah, o Amor é o tirano mais cruel! Tu eras, para Mim, mais que a Minha própria vida, e agora deverei sobreviver a tanta dor? Por isso, ó Filho, deixo os Meus ouvidos nos Teus e faço Meu aquilo que padeceram os Teus Santíssimos ouvidos, o eco de todas as ofensas que neles ressoavam; só isto me pode dar vida: as Tuas penas, as Tuas dores”. E, ao dizeres isto, a dor e a angústia do Teu Coração são tais, que perdes a voz e ficas como que petrificada. Minha pobre Mãe, minha pobre Mãe, quanta compaixão sinto por Ti! Quantas mortes cruéis não padeces!

Mas, o Querer Divino age e reanima-Te, e Tu olhas o seu Santíssimo Rosto, beija-lo e exclamas: “Filho adorado, como estás desfigurado e tão irreconhecível! Ah, se o amor não me dissesse que és o meu Filho, a minha Vida, o meu Tudo, não Te reconheceria! Ó Filho Amado, a tua Beleza transformou-se em deformidade, as Tuas faces em brancura e a luz, a graça do Teu Rosto – que ver-Te e ficar radiante era a mesma coisa – mudaram-se em palidez de morte. Filho, a que estado ficaste reduzido! Que horrível trabalho fez o pecado nos Teus Santíssimos Membros! Ah, como a Tua Mãe inseparável quereria restituir-Te a Tua Beleza primitiva! Quero fundir o Meu rosto no Teu e fazer Meu o Teu com os socos, os escarros, os desprezos e tudo aquilo que sofreste no Teu Santíssimo Rosto. Ah, Filho, se queres que Eu viva, dá-Me as Tuas penas, se não Eu morro!”

A tua dor é tal, que Te sufoca, deixa-Te sem palavra e ficas inerte sobre o Rosto de Jesus. Pobre Mãe, quanta compaixão sinto por ti! Meus Anjos, vinde aliviar a minha Mãe; a Sua dor é imensa, submerge-A, sufoca-A e fica sem forças e sem vida. Mas, o Querer Divino, vencendo estas ondas, dá-Lhe de novo a vida.

Aproximas-Te da Boca de Jesus e, beijando-a, sentes nos Teus lábios o amargor do fel que tanto amargou a Sua boca e, soluçando, continuas: “Ó Filho, diz uma última palavra à Tua Mãe. Será possível que nunca mais ouvirei a Tua voz? Todas as palavras que me disseste, em vida, como tantas flechas, ferem o Meu Coração de dor e de amor, e agora, vendo-Te sem voz, movem-se no Meu Coração dilacerado, causam-Me tantas mortes e, à viva força, desejariam arrancar-Te uma última palavra Tua. Mas, não a conseguindo, dilaceram-Me e dizem-Me: “Nunca mais O escutarás, nunca mais ouvirás a Sua doce palavra, a melodia da Sua palavra criadora!”Quantas palavras dizia, quantos Paraísos criava em Mim. Ah, o Meu Paraíso terminou e só terei amarguras! Ah, Filho, quero dar-Te a Minha língua para animar a Tua. Dá-Me tudo aquilo que Tu padeceste na Tua Santíssima Boca: a amargura do fel, a Tua sede ardente, as Tuas reparações e preces; e, escutando, assim, a Tua voz, por meio destas, a Minha dor será mais suportável e a Tua Mãe poderá viver mediante as Tuas penas”.

Mãe Dolorosa, vejo que Te apressas, porque aqueles que estão junto de Ti querem fechar o sepulcro e, muito à pressa, tomas as Mãos de Jesus entre as Tuas, beija-las, aperta-las ao Teu Coração e, colocando as Tuas mãos nas Suas, fazes Tuas as dores e as Chagas daquelas Santíssimas Mãos. Depois, aproximas-Te dos Pés de Jesus, olhando a dilaceração cruel que os cravos fizeram neles, e, unindo os Teus aos Seus, fazes Tuas aquelas Chagas, e ofereces-Te, na vez de Jesus, para correr até junto dos pecadores, para os impedir de irem para o Inferno.

Mãe aflita, vejo que dás o derradeiro adeus ao Coração trespassado de Jesus. Aqui, fazes uma pausa; é o último assalto ao Teu Coração materno; sentes que Te é arrancado do peito pela violência do amor e da dor e, fugindo, por ele mesmo, vai unir-se ao Santíssimo Coração de Jesus. E Tu, vendo-Te sem coração, apressas-Te a receber no Teu o Seu Sacratíssimo Coração, o Seu Amor rejeitado por tantas criaturas, os inúmeros desejos ardentes não realizados, devido às suas ingratidões, as dores e a Chaga daquele Santíssimo Coração, que Te crucificarão durante toda a Tua vida. E olhando a grande Chaga, beija-la, absorves o Seu Sangue e, sentindo em Ti a Vida de Jesus, sentes a força para realizar a triste separação. Depois, abraça-l’O e permites que coloquem a pedra no sepulcro.

Minha Mãe dolorosa, chorando, peço-Te que, por agora, não permitas que o nosso olhar fique privado de Jesus; espera que, antes, me encerre em Jesus, para fazer minha a Sua Vida. Se Tu, que és Imaculada, a toda Santa, a Cheia de Graça, não podes viver sem Jesus, muito menos eu, que sou fraco, miserável e cheio de pecados. Como posso viver sem Jesus? Mãe sofredora, não me deixes sozinho, leva-me conTigo, mas antes, une-me totalmente a Jesus, esvazia-me de tudo para poder receber Jesus em mim, como O recebeste em Ti. A minha pobreza extrema, abrindo uma brecha no Teu Coração materno, pede-Te que comeces, por mim, a missão materna que Jesus Te confiou na Cruz e com as Tuas próprias mãos, encerra-me todo em Jesus.

Encerra os Pensamentos de Jesus na minha mente, a fim de que nenhum outro pensamento entre em mim. Encerra os Olhos de Jesus nos meus, a fim de que nunca possa subtrair-Se ao meu olhar, encerra o seu Ouvido no meu, para que sempre O escute e em tudo cumpra o seu Santíssimo Querer. Une o meu rosto ao Seu, a fim de que, contemplando-o tão desfigurado por amor de mim, o ame, me compadeça dele e o repare; une a Sua Língua à minha, para que eu fale, reze e ensine com a língua de Jesus; coloca as Suas Mãos nas minhas, para que cada movimento que faço e cada obra que realizo receba vida das obras e das acções de Jesus; coloca os Seus Pés nos meus, a fim de que cada um dos meus passos seja para as outras criaturas uma vida de salvação, de força e de zelo.

E agora, minha Mãe aflita, permite-me que beije o Seu Coração, absorva o Seu preciosíssimo Sangue e, Tu encerrando o Seu Coração no meu, eu possa viver do Seu Amor, dos Seus desejos e das Suas penas. Enfim, toma a gélida mão direita de Jesus, a fim de que me dê a última bênção.

A pedra encerra o sepulcro e Tu, dilacerada, beija-l’O e, chorando, dás-Lhe o último adeus e vais embora; mas, a tua dor é tal que, por momentos, ficas gelada e petrificada. Minha Mãe trespassada, juntamente conTigo digo adeus a Jesus e, chorando, tenho compaixão de Ti e quero acompanhar-Te na Tua amarga desolação. Quero estar ao teu lado, para Te dar, a cada suspiro, aflição e dor, uma palavra de conforto, um olhar de compaixão. Enxugarei as Tuas lágrimas e se Te vir desfalecer, amparar-Te-ei com os meus braços.

Agora, vejo que és obrigada a regressar a Jerusalém pelo caminho de onde vieste. Depois de dares alguns passos encontras-Te perto da Cruz, na qual Jesus tanto sofreu e morreu; corres a abraçá-la e, vendo-a manchada de Sangue, no Teu Coração, renovam-se, uma a uma, as dores que Jesus padeceu nela; e não podendo conter a Tua dor, soluçando, exclamas:

“Ó Cruz, porque foste tão cruel com o Meu Filho? Ah, em nada O poupaste! Que mal te fez? A Mim, Mãe dolorosa, não Me permitiste que Lhe desse, nem sequer, um gole de água quando o pedia, e para matar a Sua sede, deste-Lhe fel e vinagre! Sinto o Meu Coração trespassado desfazer-se em água, e gostaria de o ter aproximado dos Seus lábios para Lhe saciar a sede e sofri ao ser afastada. Ó Cruz, cruel sim, mas santa, porque foste divinizada e santificada pelo contacto com o Meu Filho! Pela crueldade que usaste para com Ele, dá-Lhe, em troca, compaixão pelos pobres mortais e pelas penas que sofreu sobre ti, alcança graça e força para as almas que sofrem, a fim de que nenhuma delas se perca por causa de tribulações e cruzes. As almas custam-Me muito: custam-Me a Vida de um Filho Deus, e Eu, como Co-redentora e Mãe, uno-as a Ti, ó Cruz!”

E beijando-a e voltando a beijá-la, partes. Pobre Mãe, quanta compaixão tenho de Ti! A cada passo e encontro surgem novas dores cada vez maiores e mais amargas, Te inundam, Te submergem, e a cada instante Te sentes morrer. Já chegaste ao lugar onde, esta manhã, O encontraste exausto debaixo do enorme peso da Cruz, derramando sangue e com uma coroa de espinhos na cabeça, a qual batendo contra a Cruz, se enterrava ainda mais, e a cada empurrão Lhe causava dores de morrer. O Olhar de Jesus, cruzando-se com o Teu, procurava piedade, mas os soldados, para impedir tal alívio, empurraram-n’O, fizeram-n’O cair e derramar mais Sangue. Tu vês o terreno banhado de Sangue, ajoelhas-Te, beijas aquele Sangue e ouço-Te dizer: “Meus Anjos, vinde guardar este Sangue, a fim de que, nem sequer uma só gota seja pisada ou profanada”.

Mãe dolorosa, deixa que te dê a mão para Te erguer e Te aliviar, porque, à vista do Sangue de Jesus, sentes-Te sem forças. Ao caminhares, encontras novas dores; por toda a parte vês marcas de sangue, recordas as dores de Jesus, apressas o passo e fechas-Te no Cenáculo. Também eu me fecho no Cenáculo, mas o meu Cenáculo é o Santíssimo Coração de Jesus e a partir dele quero fazer-Te companhia nesta hora de amarga desolação. O meu coração não suporta deixar-Te sozinha no meio de tanta dor.

Oh, como me sinto dilacerar ao ver que quando mexes a cabeça, sentes enterrarem-se nela os espinhos que tomaste de Jesus, as pontadas de todos os nossos pecados de pensamento que, enterrando-se até aos Teus olhos, Te fazem chorar lágrimas de sangue. E tendo nos Teus olhos, os Olhos de Jesus, diante do Teu olhar passam todas as ofensas das criaturas. Como tudo isto Te amargura! Como compreendes bem aquilo que Jesus sofreu, tendo em Ti as Suas próprias penas! Mas, uma dor não espera pela outra. Quando escutas, sentes-Te ensurdecer pelo eco das vozes das criaturas e pela diversidade destas ofensas que, chegando ao Teu Coração, to trespassam, e Tu repetes: “Filho, quanto sofreste!”

Mãe desolada, quanta compaixão tenho de Ti! Deixa que enxugue o Teu rosto banhado de lágrimas e de sangue; mas, recuo ao vê-lo todo inchado, irreconhecível e pálido, de uma palidez mortal. Compreendo: são os maus tratos de Jesus que fizeste Teus, que Te fazem sofrer tanto que ao mexeres os lábios quando rezas ou quando respiras com o Teu peito em chamas, sentes o hálito amargo e os lábios secos pela sede de Jesus. Pobre Mãe, quanta compaixão tenho de Ti! As Tuas dores aumentam cada vez mais e, tomando as Tuas mãos nas minhas, vejo que estão trespassadas pelos cravos. É nas mãos que sentes a dor e vês os homicídios, as traições, os sacrifícios e todas as obras perversas, que repetem os golpes, alargando as chagas e tornando-as cada vez mais dolorosas. Quanta compaixão tenho de Ti! Tu és a verdadeira Mãe crucificada, a tal ponto que nem sequer os pés ficam sem cravos; aliás, não sentes que tos pregam, mas como que arrancar por tantos passos iníquos e pelas almas que vão para o Inferno, e Tu corres atrás delas, a fim de que não caiam nas chamas infernais.

Mãe trespassada, isto ainda não é tudo. Todas as Tuas penas juntas fazem eco no Teu Coração e o trespassam, não com sete espadas mas com milhares de espadas; para mais, tendo em Ti o Coração Divino de Jesus, que contém todos os corações e em cuja palpitação envolve as palpitações de todos, quando palpita, diz: “Almas! Amor!” e Tuà palpitação “Almas!”, sentes correrna Tua palpitação todos os pecados e sentes-Te morrer, e na palpitação “Amor!” sentes dar-Te a vida, deste modo encontras-Te em contínuo acto de morrer e de viver.

Mãe crucificada, olhando-Te, tenho compaixão das Tuas dores; elas são indescritíveis. Gostaria de transformar o meu ser em língua e voz para me compadecer de Ti, mas diante de tanta dor, a minha compaixão é nada. Por isso chamo os Anjos, a própria Santíssima Trindade, e peço para que coloquem à tua volta as suas harmonias, as suas alegrias e a sua beleza, para suavizar e compadecer-se das tuas dores intensas; que Te sustenham nos seus braços e Te retribuam em amor todas as Tuas penas.

E agora, Mãe desolada, obrigado em nome de todos, por tudo o que sofreste e peço-Te, por esta Tua triste desolação, que venhas a assistir-me no momento da minha morte. Quando me encontrar só e abandonado por todos, no meio de mil ânsias e temores, então vem a retribuir-me a companhia que tantas vezes Te fiz em vida, vem a assistir-me, coloca-Te ao meu lado e põe em fuga o inimigo; purifica a minha alma com as Tuas lágrimas, cobre-me com o Sangue de Jesus, veste-me com os Seus méritos, embeleza-me e cura-me com as Tuas dores e com todas as penas e obras de Jesus e, em virtude destas, faz desaparecer todos os meus pecados, perdoando-me tudo. E ao expirar, recebe-me nos Teus braços, abriga-me debaixo do Teu manto, esconde-me ao olhar do inimigo, leva-me depressa para o Céu e coloca-me nos braços de Jesus. Estamos entendidos, minha querida Mãe!

E, agora, peço-Te que faças companhia a todos os agonizantes, em retribuição da companhia que Te fiz hoje. Sê a Mãe de todos; são momentos extremos e são necessários grandes auxílios. Por isso, não recuses a nenhum os Teus cuidados maternos.

Uma última palavra: Ao deixar-Te, peço-Te que me encerres no Sacratíssimo Coração de Jesus e Tu, minha Mãe dolorosa, sê minha sentinela a fim de que Jesus não me mande embora e eu, mesmo que o queira, não possa sair. Por fim, beijo a Tua mão materna e Tu abençoa-me.

 

Nos cum prole pia, benedicat Virgo Maria.

 

 

Reflexões práticas

Jesus é sepultado; uma pedra encerra-O e impede que a Mãe volte a olhar o Seu Filho. E nós, escondemo-nos do olhar das criaturas, e não nos importamos se todos nos esquecem? Nas coisas santas, somos indiferentes, com aquela santa indiferença que não nos faz transgredir nada? Quando sentimos o abandono total de Jesus, vencemos tudo com a santa indiferença que nos leva continuamente até Ele? E com a nossa constância, fazemos uma corrente suave para O atrair a nós? O nosso olhar está sepultado no olhar de Jesus, de forma a olhar só aquilo que Jesus quer? A nossa voz está sepultada na voz de Jesus, de tal forma que se queremos falar, só falamos com a língua de Jesus? Os nossos passos estão sepultados nos Seus, de modo que quando caminhamos fique o sinal, não dos nossos, mas dos passos de Jesus? E o nosso coração está sepultado no Seu, para poder amar e desejar, como ama e deseja o Seu Coração?

Minha Mãe, quando Jesus, para o bem da minha alma, se esconde de mim, concede-me a graça que Tu possuías na privação d’Ele, a fim de que eu Lhe possa dar toda a glória que Tu Lhe deste, quando Ele foi deposto no Sepulcro.

Ó Jesus, quero rezar com a Tua voz e assim como a Tua voz penetrava nos Céus e se repercutia nas vozes de todos, assim a minha, prestando honra à Tua própria voz, chegue também aos Céus para Te dar a glória e o amor da Tua própria palavra.

Meu Jesus, o meu coração palpita, mas não estou feliz se não me fazes palpitar com o Teu Coração e, com a Tua palpitação, amarei como amas Tu. Dar-te-ei o amor de todas as criaturas e haverá um só grito: “Amor, Amor!...” Ó meu Jesus, faz honra a Ti mesmo, e em tudo aquilo que eu faço coloca o selo do Teu próprio Poder, do Teu Amor e da Tua Glória.

 Oração de agradecimento depois de cada Hora