Conheça a fundadora religiosa

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Conheça a fundadora religiosa

Conheça a fundadora religiosa cuja voz é ouvida até hoje nas orações da comunidade!

Ela foi uma das fundadoras mais jovens da Igreja, com apenas 21 anos

Nascida em 1847 num pequeno vilarejo perto de Bolonha, na Itália, Clélia Barbieri cresceu numa família pobre, mas dedicada a Deus. Seus pais fizeram todo o esforço para dar a ela uma sólida base na fé, o que a levou, ainda em idade precoce, a fazer uma pergunta reveladora:

“Mãe, como posso me tornar santa?”

Clélia passou a adolescência tecendo, costurando e rezando na igreja paroquial. Por causa dos seus muitos dons espirituais, ela foi autorizada a receber a Primeira Comunhão aos 11 anos de idade, numa época em que a maioria dos católicos só podia começar a comungar mais tarde (seria o Papa São Pio X, décadas depois, quem incentivaria que as crianças passassem a receber a Eucaristia a partir dos 10 anos, desde que tivessem consciência de estarem recebendo o Corpo de Cristo).

A Sagrada Comunhão foi um evento transformador para Clélia, que começou a receber a graça de experiências místicas. Em particular, ela sentia excepcional sofrimento pelos próprios pecados e pelos pecados do mundo. Ao longo da vida toda, a sua espiritualidade foi marcada pela devoção a Nossa Senhora das Dores e à Santa Cruz.

Ardia no seu coração o desejo de servir aos pobres e aos mais vulneráveis ​​da comunidade, o que levou um grupo de jovens mulheres a elegê-la como sua líder numa comunidade dedicada ao apostolado e à contemplação. Haveria de ser uma vida de serviço que brotasse da Eucaristia, com a Sagrada Comunhão diária, e que se enobrecesse mediante o ensino do catecismo aos agricultores e trabalhadores da região. As religiosas, mais tarde, seriam conhecidas como as Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores, da família da centenária ordem dos Servos de Maria.

A pequena comunidade começou a trabalhar e a ajudar localmente os pobres e marginalizados. Clélia, porém, seria chamada à Casa do Pai pouco tempo depois, aos 23 anos de idade. Antes de morrer, ela declarou:

“Estou partindo, mas nunca vou abandonar vocês. Quando naquele campo de alfafa ao lado da igreja houver uma nova casa da nossa comunidade, eu não estarei mais com vocês… Vocês crescerão em número e se espalharão por planícies e montanhas para trabalhar na vinha do Senhor (…) Eu vou para o Céu e todos os que morrerem na nossa comunidade vão desfrutar da vida eterna”.

A comunidade se entristeceu com a partida de sua fundadora, mas logo descobriu que ela mantinha uma real presença espiritual entre as irmãs.

Segundo vários relatos:

“A partir do primeiro aniversário de sua morte, Clélia Barbieri reza todos os dias em voz alta com suas irmãs. O fato foi testemunhado, ao longo das décadas, por milhares de pessoas. Não são apenas as religiosas que ouvem regularmente a sua voz quando rezam na igreja, mas também outras pessoas, entre elas sacerdotes, bispos, cardeais e ainda leigos, incluindo médicos e advogados, e até pessoas não crentes”.

Uma das irmãs confirma:

“É verdade. Todos os dias, quando oramos na capela, a voz de Santa Clélia se junta à nossa… É um fenômeno incrível, desconcertante, mas belo. Para nós, ouvir essa voz é como sentir a carícia de uma mãe e receber uma grande alegria”.

Santa Clélia Barbieri foi canonizada por São João Paulo II em 1989. O seu exemplo de humildade e fidelidade no auge da juventude continua a inspirar inúmeras almas no mundo inteiro.